Padre Marcelo Rossi - Espírito, Enche a Minha Vida
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"Não acreditar
em Deus é um atalho para a felicidade"
Em novo livro, o filósofo e neurocientista americano Sam Harris propõe
a criação de uma 'ciência da moralidade'
para acabar de uma vez por todas com a influência da religião.
Por Marco Túlio Pires
Quando o filósofo americano Sam
Harris soube que o atentado ao World Trade Center em Nova York (Estados
Unidos), no dia 11 de setembro de 2001, teve motivações religiosas, a briga
passou a ser pessoal. Harris publicou em 2004 o livro A Morte da Fé (Companhia
das Letras) — uma brutal investida contra as religiões, segundo ele, responsáveis
pelo sofrimento desnecessário de milhões. Para Harris, os únicos anjos que
deveríamos invocar são a ‘razão’, a ‘honestidade’ e o ‘amor’.
Divulgação
"A Ciência é capaz de dizer
o que é certo e o que é errado", diz Sam Harris
Ao entrar de cabeça em um assunto
tão delicado, o filósofo de 43 anos conquistou uma legião de inimigos e deu
início a uma espécie de combate literário. Em resposta à repercussão de seu
primeiro livro, que levou à publicação de livros-resposta sob as perspectivas
muçulmana, católica e outras, os ataques de Harris à fé religiosa continuaram
em 2006, com o lançamento do livro Carta a Uma Nação Cristã (Companhia das
Letras).
Ele argumenta que:
Se metade de uma sociedade é
forçada a ser analfabeta e economicamente improdutiva, mas ter quantos filhos
conseguir, fica óbvio que essa é uma estratégia ruim para construir uma
população que prospera. O objetivo é entender o bem-estar humano. Assim como
queremos fazer convergir os princípios do conhecimento, queremos que as pessoas
sejam racionais, que avaliem as evidências, que sejam intelectualmente honestas
e que não sejam guiadas por ilusões. A Ciência da Moralidade pretende aumentar
as possibilidades da felicidade humana.
(...)
Temos que reconhecer que as
questões morais possuem respostas corretas. Se o bem-estar humano surge a
partir de certas causas, inclusive neurológicas, quer dizer que existem formas
certas e erradas para procurar a felicidade e evitar a infelicidade. E se as
respostas corretas existem, elas podem ser investigadas pela ciência. Chamo de
ciência o nosso melhor esforço em fazer afirmativas honestas sobre a natureza
do mundo, tendo como base a razão e as evidências.
(...)
É possível que futuramente
possamos descobrir coisas sobre a nossa subjetividade de que não temos
consciência, utilizando experimentos científicos. E isso tudo se relaciona ao
bem-estar humano e o modo como as pessoas ficam felizes e como poderemos viver
juntos para maximizar a possibilidade de ter vidas que valham a pena.
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