por Flávio Bastos -
flaviolgb@terra.com.br
Ao longo desses anos de artigos
publicados no STUM, tenho recebido muitas mensagens de mulheres que descrevem
seus dramas pessoais relacionados a experiências amorosas mal sucedidas.
Situações que revelam insegurança psicológica no relacionamento afetivo com o
sexo oposto.
Geralmente, são relacionamentos
de curta duração em que o sentimento de rejeição, associado à baixa auto-estima
são responsáveis pela sensação que perdura, interminavelmente, que é a sensação
de não se sentirem amadas...
Muitas dessas pessoas afirmam se
sentirem admiradas pela sua beleza física e simpatia. No entanto, ao iniciar
uma nova relação, passado algum tempo de namoro, percebem que o parceiro,
gradativamente, perde o interesse ou afasta-se em definitivo de seu convívio.
A "vitimização" é uma
síndrome que atinge muitas pessoas que experenciaram no passado, traumas
psíquicos relacionados à área afetiva. A maioria desses traumas, associados a
uma infância qualitativamente pobre na relação com o pai, a mãe ou substitutos.
Depois de se tornarem crônicos,
esses traumas psíquicos são responsáveis pelos desajustes nas áreas emocional e
afetiva, podendo levar a pessoa, inconscientemente, a sentir-se vítima das
circunstâncias da vida, ou seja, uma fracassada e infeliz no amor.
Desiludida, a pessoa experencia
uma sequência de relacionamentos mal sucedidos, como se o amor fosse um desafio
impossível de ser superado. Com a desilusão amorosa vem a depressão, parceira
ideal da dor e do sofrimento psíquico, que são amigos inseparáveis enquanto
carregam consigo o estigma da vitimização.
Reféns de traumas psíquicos,
essas pessoas sentem-se diminuídas, depreciadas porque se alimentam,
inconscientemente, da energia do fracasso. Muitas delas antecipam a sensação -
ou a certeza - de que o novo relacionamento não dará certo pelo fato de estarem
condicionadas a um padrão mental - e espiritual - negativo.
Libertar-se desse padrão ou dessa
tendência, não é fácil porque requer um mínimo de discernimento para admitir
que necessita de auxílio psicoterapêutico. Muitas mulheres vão buscar ajuda
depois de vários anos de sofrimento em que a "marca" da infelicidade
esteve sempre presente em seus relacionamentos afetivos...
Quando essas pessoas descobrem,
através da psicoterapia ou da regressão de memória, que o trauma psíquico
estava sintonizado no passado da vida atual ou de uma vida passada, percebem
que perderam um precioso tempo carregando um "pesado fardo" durante
longos anos de suas vidas.
Se você tem qualidades que
reconhece em si mesma, as quais os outros também reconhecem e, mesmo assim,
seus relacionamentos costumam não dar certo, é porque alguma coisa existe de
errado que precisa ser corrigido a tempo de lhe proporcionar uma melhor
qualidade de vida.
Não protele a sensação de
incapacidade para o amor. Esse bloqueio encontra-se "inserido" em seu
psiquismo como um velho filme que deixou de rodar, mas que, na verdade,
continua rodando em situações que repetem os mesmos ingredientes psíquicos
relacionados ao trauma original.
Permita-se viver a vida a partir
de uma abertura que possibilite um melhor nível de autoconhecimento. Sem essa
"janela" por onde visualizamos nossas próprias limitações em relação
ao profundo significado do amor, a nossa visão permanecerá periférica e unilateral
em torno do sentido da vida.
Os ressentimentos do passado,
vinculados às figuras parentais, ou mesmo aqueles de um passado remoto que
podem emergir à luz da consciência durante uma experiência regressiva, são
bloqueios que devem ser "implodidos" pela ação benéfica da
psicoterapia que contempla a natureza interdimensional do homem, ao libertar o
indivíduo para que ele processe a sua caminhada na direção da felicidade
possível.
A verdadeira psicoterapia
auxilia, intermedia e, acima de tudo, facilita para que a pessoa, ao encontrar
o seu ponto de partida, liberte-se do paradigma que a acompanha há muito tempo.
Sem essa libertação, fundamentada em um novo olhar sobre si mesmo, resta-nos a
tendência de que as experiências de nível afetivo, reproduzam-se em um ciclo que
é fiel ao trauma original, padronizando e limitando, dessa forma, os
relacionamentos.
Portanto, não seja refém de
traumas e não eternize a sensação de sentir-se vítima do passado. A vida clama
por renovação e os erros do passado podem ser corrigidos com uma nova visão
sobre o amor, que começa quando decidimos encarar descobertas que encontram-se
"escondidas" em nós mesmos. - www.flaviobastos.com
Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/clube/c.asp?id=24834
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2 comentários:
Muito útil , NÃO SEJA REFÉM DE TRAUMAS. Ajuda muito não só a mim mas a todos que lerem tuas postagens.
Continue assim sempre ajudando aos outros sem saber. Beijo.
Tive que concertar uns erros da postagem RECOMEÇAR. Perdi teu comentário. Por favor recoloque. O que tu pensa tem muita importãncia pra mim. BJSSS
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