por Ana Carolina Pinto | 21/09/2011
Uma nova droga pode ajudar os
pacientes com fibrilação atrial a prevenir acidentes vasculares cerebrais, os
AVCs. Num estudo inédito feito pelo cardiologista Manseh R. Patel, professor da
Universidade de Duke, nos Estados Unidos, a rivaroxabana mostrou-se eficaz no
controle da coagulação sanguínea e consequente prevenção dos “derrames”.
Até agora, o medicamento mais
usado no tratamento era a varfarina, que embora previna a coagulação sanguínea,
é de difícil controle. A pesquisa foi publicada no New England Journal of
Medicine e mostrou que apenas uma dose da nova droga é suficiente para manter o
sangue na sua espessura adequada.
Mais de 14 mil pacientes com
fibrilação atrial em todo o mundo participaram do estudo. Dr. Patel explica que
estes pacientes são os que correm o maior risco de sofrerem o AVC. “O
tratamento atual com varferina é eficaz, mas de difícil controle da coagulação
sanguínea. Por isso, a busca por um novo medicamento, tão bom quanto, mas que
torne o tratamento mais fácil”.
No Brasil, 483 pessoas foram
submetidas ao teste cego. Enquanto metade fez o tratamento com a varferina, a
outra parte usou a rivaroxabana. Os resultados mostram que o novo medicamento é
tão eficiente quanto o antigo na prevenção da formação de coágulos e ainda mais
eficiente na prevenção de hemorragias cerebrais e fatais. No país, apenas 30%
dos pacientes que usam a varfarina estão com a coagulação controlada.
“A fibrilação é a degeneração das
células nervosas do coração. E como toda degeneração, atinge as pessoas com
mais idade. Acontece uma taquicardia na parte de cima do órgão, que 'bate' o
sangue, como em um liquidificador e aí são formados os coágulos, que saem do
coração e passeiam pelo nosso corpo”, explica Marcos Lago, cardiologista e
gerente cardiovascular dos laboratórios Bayer Health Care, que financiou as
pesquisas.
Por causa do aumento da
expectativa de vida, tanto a fibrilação, quanto as outras doenças
cardiovasculares, estão aumentando em todo o mundo. Só no Brasil, 1,2 milhão de
pessoas tem fibrilação. É bom ficar sempre atenta, já que a maioria das vítimas
são mulheres, entre 60 e 80 anos.
“Quando as mulheres ficam mais
velhas acontece o inverso: elas param de procurar o médico, apesar de levarem
os maridos. Elas acabam negligenciando os sintomas do AVC, como a taquicardia e
dormências, por exemplo”, alerta Patel.
Quem está fora do grupo de risco
e ainda não chegou à terceira idade, deve se prevenir, já que raramente uma
pessoa mais jovem tem um AVC. “O derrame é uma desgraça social, familiar e
médica. Depois que acontece, não tem como a medicina reparar o tecido morto.
Então, é preciso prevenir!”, esclarece Dr. Lago.
Para manter a saúde do coração e
de todo o corpo em dia, não tem muita saída! As recomendações básicas da
“Associação Americana do Coração”, batizadas de “Passos simples da vida”, são a
melhor forma de fugir dos AVCs e demais doenças cardiovasculares. De acordo com
Dr. Patel, se todos os pacientes cumprissem essas metas, mais de um milhão de
derrames seriam evitados por ano, apenas nos Estados Unidos. “Até poderíamos
chamar de 'passos não tão fáceis assim', mas se você seguir, pelo menos, a
maioria deles, já está fazendo um bom trabalho”, afirma o cardiologista com bom
humor.
Confira abaixo as seis principais
recomendações médicas para a saúde do coração.
- Uma hora de atividade física
diária
- Não acrescentar sal nos
alimentos após o seu preparo
- Controlar a pressão arterial
- Cortar o açúcar refinado e dar
preferência aos adoçantes naturais
- Medir sempre o colestero
- Não fumar. O tabagismo hoje é
responsável por 20% das mortes dos pacientes.
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