25 de set. de 2011

Novo tratamento contra AVC


por Ana Carolina Pinto | 21/09/2011

Uma nova droga pode ajudar os pacientes com fibrilação atrial a prevenir acidentes vasculares cerebrais, os AVCs. Num estudo inédito feito pelo cardiologista Manseh R. Patel, professor da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, a rivaroxabana mostrou-se eficaz no controle da coagulação sanguínea e consequente prevenção dos “derrames”.
Até agora, o medicamento mais usado no tratamento era a varfarina, que embora previna a coagulação sanguínea, é de difícil controle. A pesquisa foi publicada no New England Journal of Medicine e mostrou que apenas uma dose da nova droga é suficiente para manter o sangue na sua espessura adequada.
Mais de 14 mil pacientes com fibrilação atrial em todo o mundo participaram do estudo. Dr. Patel explica que estes pacientes são os que correm o maior risco de sofrerem o AVC. “O tratamento atual com varferina é eficaz, mas de difícil controle da coagulação sanguínea. Por isso, a busca por um novo medicamento, tão bom quanto, mas que torne o tratamento mais fácil”.
No Brasil, 483 pessoas foram submetidas ao teste cego. Enquanto metade fez o tratamento com a varferina, a outra parte usou a rivaroxabana. Os resultados mostram que o novo medicamento é tão eficiente quanto o antigo na prevenção da formação de coágulos e ainda mais eficiente na prevenção de hemorragias cerebrais e fatais. No país, apenas 30% dos pacientes que usam a varfarina estão com a coagulação controlada.
“A fibrilação é a degeneração das células nervosas do coração. E como toda degeneração, atinge as pessoas com mais idade. Acontece uma taquicardia na parte de cima do órgão, que 'bate' o sangue, como em um liquidificador e aí são formados os coágulos, que saem do coração e passeiam pelo nosso corpo”, explica Marcos Lago, cardiologista e gerente cardiovascular dos laboratórios Bayer Health Care, que financiou as pesquisas.
Por causa do aumento da expectativa de vida, tanto a fibrilação, quanto as outras doenças cardiovasculares, estão aumentando em todo o mundo. Só no Brasil, 1,2 milhão de pessoas tem fibrilação. É bom ficar sempre atenta, já que a maioria das vítimas são mulheres, entre 60 e 80 anos.
“Quando as mulheres ficam mais velhas acontece o inverso: elas param de procurar o médico, apesar de levarem os maridos. Elas acabam negligenciando os sintomas do AVC, como a taquicardia e dormências, por exemplo”, alerta Patel.
Quem está fora do grupo de risco e ainda não chegou à terceira idade, deve se prevenir, já que raramente uma pessoa mais jovem tem um AVC. “O derrame é uma desgraça social, familiar e médica. Depois que acontece, não tem como a medicina reparar o tecido morto. Então, é preciso prevenir!”, esclarece Dr. Lago.
Para manter a saúde do coração e de todo o corpo em dia, não tem muita saída! As recomendações básicas da “Associação Americana do Coração”, batizadas de “Passos simples da vida”, são a melhor forma de fugir dos AVCs e demais doenças cardiovasculares. De acordo com Dr. Patel, se todos os pacientes cumprissem essas metas, mais de um milhão de derrames seriam evitados por ano, apenas nos Estados Unidos. “Até poderíamos chamar de 'passos não tão fáceis assim', mas se você seguir, pelo menos, a maioria deles, já está fazendo um bom trabalho”, afirma o cardiologista com bom humor.

Confira abaixo as seis principais recomendações médicas para a saúde do coração.

- Uma hora de atividade física diária
- Não acrescentar sal nos alimentos após o seu preparo
- Controlar a pressão arterial
- Cortar o açúcar refinado e dar preferência aos adoçantes naturais
- Medir sempre o colestero
- Não fumar. O tabagismo hoje é responsável por 20% das mortes dos pacientes.

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